quinta-feira, 4 de junho de 2009

Ser vivente ou ser existente?

Ser vivente e o ser existente?


Nietzsche já nos alertava: ”alguns homens já nascem póstumos?”, quem são eles? Como saber se não faço parte de necrotério?
Muitas pessoas se encontram perdidas no modo de viver, esquecendo da preciosidade que tem nas mãos, não tomam consciência, ainda se encontra na sua “menoridade” intelectual, são absorvidos, misturados na massa sem ao mesmo se unificar, está no automático existencial, ao qual podemos denominar de ser existente. Este ser acha que sabe o que faz, mas se formos nos aprofundar e estuda-lo, veremos que ele não sabe o que faz, mas acha que sabe, um ser contraditório, inconstante, vai onde a onda leva, volúvel, mero espectador do teatro humano, se esquece de que devia atuar e não apenas observar, talvez tenham a sorte de cair em si algum dia, antes que se finde sua breve existência, ou estarão condenados a viver a mercê das opiniões alheias, dos convenientes mascarados e sem perceber que não fez o que deveria ter feito.
O ser vivente é o ser autônomo, consciente de si, fazedor do seu próprio destino, aproveitando as oportunidades e desbravando a realidade, desbanalizando o banal. Este individuo não vê nas intempéries existenciais um problema, mas sim uma superação a ser conquistada, sabe qual é a ordem natural das coisas, sentem os velhos temores, mas não se paralisa diante dele, como um poeta transforma sua tragédia de “nem tudo é como a gente quer” em uma viagem a quem não tem pressa, se aprofundando no que precisa ser aprofundado, sabe que a luz esta logo ali e que a única coisa a se fazer é caminhar, seguir em frente, não parar, pois não nascemos para se acomodar, teremos tempo o suficiente para se acomodar quando a morte chegar e enquanto vivemos, vamos construindo sonhos, desmistificando o que nos prende, um eterno aprendiz da enigmática vida, que se conduz para o ser vivente há apenas um caminho: o ser feliz!

quarta-feira, 3 de junho de 2009

tres formas de amar.

Sinônimo de amar

Hoje eu entendo o significado do que é amar, é um jeito esquecido que nós deixamos a quem amamos. Tudo se esvai, é passageiro, como diz agostinho “somos peregrinos nesta terra, prontos para partir a qualquer momento”, mas há algo que fica, são palavras de ressurreição, de algo que revive e se instala, porem nunca podemos confundir os três significados de amar: ágape, philos e Eros.
A ágape é o amor divino que se instala dentro de nós desde que relacionamos com o criador, este ao qual nos faz com que sejamos verdadeiros, ante ele mostramos todo nosso ser, nossas fragilidades, mas fragilidade esta que não é sinal de fraqueza, é muito mais, vai alem, é como você delimitar seu território e saber quem é você para que se possa trabalhar acima deste limite, diamantes no meio de cascalho, que exige cautela para que o possa achar e depois de achado precisa ser lapidado perante as intempéries da existência, e aqui estamos nós pra isto: enfrentar obstáculos, e Amar em ágape é quando você se volta por uma pessoa que não merece ser amada, quantas vezes pareceu prejuízo amar? Não importa! O que você ganha ou que você perde ninguém precisa saber, pois cada vez que eu e você amamos é o nosso coração que ganha em qualidade, percorrendo caminhos ao qual Jesus soube fazer, amar quem não merece, parece loucura aos olhos de amores interessados, por conveniência, entretanto o amor ágape não é só isto, há uma dimensão maior ao qual precisa ser meditada, para que possamos encontrar com nosso próprio eu, não de forma egoísta, pois o egoísta é aquele que se dedica apenas a parte do seu ser que a corrompe, ao contrario do “conhece a ti mesmo? ’que reverbera todo o ser, amar é isto um caminho que se faz de dentro pra fora, pois se não amamos a nos mesmo que tipo de amor daremos ao próximo?
O amor philos é aquele que nos conserta, que nos molda perante o tempo, como se semelhantes atraísse semelhante, mas devemos tomar cuidado ao tentar definir que tipo se amigos tem, pois estes são aqueles ao qual podemos ser o que somos e não o que somos perante a sociedade que usa mascaras, que se falseia, que dita regras e que robotiza, aliena outrem que são covardes e preguiçosos e que não tem algo primordial (ou que finge não saber, pois a maturidade nos exige buscar nosso propósito, sendo nos mesmos os responsáveis por aquilo que fazemos)a vida: sapere aude! Ouse saber, mas só raros sabem o que significa este encadeamento. Com o(s) amigo(s) lagrimas rolam quando necessário, talvez cheguem a “vomitar” tudo o que precisava. E a amizade verdadeira é aquela que está a todo momento se possível presente, que nos tem o poder de nos levar pra casa, mesmo que ainda se esteja longe do ninho, que nos faz fortalecer, ossos, carne, músculo e espírito, amizades que são luzes que nos levam a nos mesmos, que nos faz reencontrar aquilo que nem sabíamos quem éramos, e valendo ressaltar que o que esta sendo dito é o mínimo de uma coisa simples (pode você ficar espantado com o termo simples, mas digo que é preciso limpar de seu cérebro o glamour, a gloria, a nobreza, termos ditados, programados em nos por uma sociedade decadente. As coisas mais simples são as mais difíceis de se dizer e a também que tem mais conteúdo, que é verdadeiro) isto é o que dou ao nome de philos.
O amor Eros é aquele construído a dois, pois o amor verdadeiro só o é se for a dois, caso contrario o que vemos é amor por conveniência já ditada por uma sociedade decadente. Amar a dois é a única dentre toda nossa historia que precisa ser construída carinhosamente, porque o amor ágape e philos são dádivas que recebemos mesmo sem merecer, agora o amor Eros deve ser tratado com o mais alto do termo amar, pois ali encontramos algo de divino, de cumplicidade, os segredos são entregues de forma desinteressada (assuntos de essência) sendo amante e amigo ao mesmo tempo, porém tendo uma duração por uma vida toda.
Pergunte a um ser que amou, mas que não foi correspondido? Ele realmente amou? Seria isto possível hoje em dia? A distancia impede a algo? O amor Eros é delicado e se exige o máximo de clareza para que ambos dos envolvidos saiba onde caminham, tem de ser transparente pra não correr o risco de banalizar algo que é precioso. Aos apaixonados de uma vida toda tudo se torna um dínamos, movimento agradável, a vida é enxergada por outro ângulo, pois os apaixonados desbanalizam o banal, vai além de olhos distraídos, amam por que sabem que o outro o completa e o faz bem, mas os espinhos podem ser esquecidos e cuidado, pois a realidade deve ser tomada por todos ângulos, pois intempéries sempre existirão, mas o amor Eros supera e segue adiante e faz sua trajetória que é ser feliz.