sábado, 17 de março de 2012

Cantico de dionisio destinada as mulheres.

Escreva o necessario e diga a verdade, considere os rumos, desate o nó, faça seu recalque, deslize em suas memorias, considere sua atitude e consequencia, viva, dance, busque, tente e seja o mais real e sensato na vida...saber todo mundo sabe, querer todo mundo quer, é mais facil tecer palavras do que fazer...pense, aja, seja, ame, cante e diga que a vida pode ser uma melodia com suingue saboroso, mesmo em saudade, sentir que esta viva, e poder dizer: amo minha vida, minhas escolhas!

quarta-feira, 7 de março de 2012

A linguagem e seu manifesto.

A linguagem é a expressão do mundo experênciada, sendo o mundo o berço de significações, sentido de todos sentidos e o solo de todos os pensamentos, assim o sentido surge da relação do sujeito falante com o mundo, porem a construção tradicional de conceitos tendiam a acreditar que seria possível descrever o mundo por idéias fixas exatas, com linguagem puras, sendo uma palavra, ou um nome correspondente a cada objeto (sendo algo exterior), idéia, porem isto não é possível já que o mundo não é (somente) aquilo que eu penso, mas aquilo que vivo, no qual comunico, tendo a palavra como expressão, sendo sempre significativa, logo não podendo ser reduzida como linguagem pura, o mundo existe antes mesmo das nossas analises e reflexões, sendo ela a fonte de todos os nossos pensamentos e de todas a nossas percepções , já que para alcançar o verdadeiro sentido do mundo, não devemos ater as analises e deixar reflexão se findar nela com uma linguagem “pura”, pois a reflexão é acontecimento, manifestando com verdadeira criação em que o mundo é dado ao sujeito (já que não é construção de conceitos), constituindo na leitura fenomenológica a concepção de que o sujeito e o objeto não pode ser dissociado, ou seja, o mundo e eu não pode ser separado, (por exemplo a questão de quando falamos a palavra céu, não esta somente no mundo, esta também em mim) e também não podemos reduzi-la a uma concepção cientifica, pois escapa a ela e ao meio da linguagem pura o conteúdo geral do mundo (o mundo dos fenômenos) , já que ele é algo vivo e que não pode ser congelado no tempo, para ser conceituado, o mundo é reduzido, assim aquilo que nos passa despercebido com a linguagem pura, ou seja aquilo que não é refletido, se faz necessário para que seja então alcançado (refletir o irrefletido), nisto vemos de certa forma uma critica ao pensamento kantiano, que limita a linguagem e as suas formas de expressão, diminuindo as potencialidades de expressar a vida de maneira mais rica e intensa.
Portanto a linguagem tem uma dimensão expressiva, cria novas significações, revelando o modo de ser do sujeito no mundo e com os outros, tomando consciência do mundo, participando das coisas que se vê, iniciando um conhecimento da realidade através da linguagem, pois linguagem é uma realidade falante que a cada instante se inova, não sendo um sistema fechado, assim tendo a relação da palavra e corpo, como abertura para o mundo, desvelando, traduzindo o mundo fenomênico na sua existência concreta, pois isto só é possível com o contato direto com o mundo, retornando ao mundo da experiência,ao mundo da vida, assim descrevendo as coisas do mundo.

sexta-feira, 2 de março de 2012

Dos Pré-socráticos aos Sofistas

Os pré-socráticos, no qual podemos denominar de um conjunto dos primeiros pensadores da filosofia grega, se caracteriza por encontrar pela via racional, um dos problemas mais contundentes e enigmáticos da vida, que é o da origem e essência do mundo e de tudo que existe. Os primeiros filósofos se perguntavam sobre uma realidade fundamental do universo, ou seja, uma realidade originaria, dando origem a tudo que existe e também subsistência a todas elas e cabendo ser o Omega (fim) de tudo, assim se questionando sobre a phisis, a arché, observou tudo a sua volta e chegaram a uma resposta, no entanto cada um, através da observação e provavelmente do ambiente ao qual estavam inseridos chegaram com respostas sobre o sustentáculo de tudo, pôr cada uma de modo particular, a começar pelos milesianos, tales o primeiro filosofo nos irá propor que tudo prove da água, seu discípulo Anaximandro irá refutar seu mestre dizendo que a água já é derivada e que a arché é o aperion o ilimitado e que a transformação de tudo começa pela injustiça e termina pela justiça no qual irá compensar toda a injustiça ocorrida durante o tempo de existência. Anaxímenes nos propõem uma nova idéia em relação à phisis, sendo a arché o ar, assim colocado como algo definido e ao mesmo tempo ilimitado conciliando a tentativa dos dois primeiros pensadores e de forma mais lógica que seu mestre nos propõe a causa de todas as coisas pela rarefação e pela condensação, sendo que pela rarefação se originara o fogo e a condensação a água, a terra e assim sucessivamente toda a matéria sólida. Empédocles outro pré-socrático irá fazer uma síntese das idéias acima, posto que as coisas não derivem apenas de um, mas de quatro elementos que eram a água, ar, terra e fogo. Pitágoras colocará a origem de tudo, não provindo de um principio material e sim do numero, sendo que este fundamento não se toca, mas intuído pela nossa inteligência, posto o filosofo a observar através da musica que os sons diferentes das cordas de um instrumento de corda se devem aos seus cumprimentos e a suas grossuras, assim tendo uma harmonia e no que se pode pensar o porquê essa tese pitagorica revolucionou o modo de pensar, pois se os números governam a musica, logicamente ela estaria por trás de todas as coisas, assim promovendo uma ordem (cosmos), desse modo ele foi o primeiro pensador a colocar as coisas materiais na dependência de algo imaterial.
Heráclito, da mesma escola dos jônios, irá propor que tudo é um constante devir, e para ele a arché é o fogo, pois este se encontra em constante transformação, e sendo assim também as demais coisas, sendo que a única coisa que não muda é que tudo muda, e a única coisa que é ilusão é o imóvel, Parmênides nos irá propor o contrario de que a única ilusão é o movimento, ele de certa forma irá revolucionar o modo de pensar, pois os demais pré-socráticos (assim dentro desta breve reflexão) haviam pesquisado a respeito do cosmos e de seu principio originário, agora o foco deste filosofo esta no caminho para se chegar ao saber, e através deste ele nos ira propor que só existe o ser, sendo este idêntico a si mesmo, imóvel, atemporal. Heráclito e Parmênides são discutidos na corrente filosófica até hoje, pois nos deixa um legado muito rico. O que também se pode ressaltar é que o mundo visível serviu como ponto de partida para as primeiras indagações filosóficas, posto a importância do conhecimento. No entanto no século V a política exigirá que a democracia (época de ouro deste sistema) então vigente na polis, faca com que os polites tenham a arte de convencer os cidadãos, pois a persuasão faria toda a diferença. Os sofistas entram em cena, mudando o foco da filosofia, da natureza para antropologia, sendo que a busca do conhecimento da verdade não é mais a meta, passando a ser a retórica, o convencimento, a arte da linguagem o predomínio dos sofistas, pois para eles não existia uma verdade absoluta, dando importância ao mundo sensível, tratarão de ensinar os cidadãos em troca de dinheiro, pois a retórica tinha o poder de dar gloria, fama, aplausos e nisto se funda todo trabalho sofista, e estes receberão muitas criticas dos filósofos contemporâneos como Sócrates, definindo a retórica sofista como uma ação sem rigor, assim diz Fernanda Cury (Sócrates, 2006, pg. 39):


“Para substituir a justiça, a ciência filosófica que conhece a própria idéia de bem (...) usam a retórica (...), mas não conhecem o objeto em si e por si mesmos, não os conhecem de maneira essencial, não são capazes de relacionar cada um dos seus fenômenos a uma causalidade e dar assim a razão, o logos do corpo e da alma”. (Coleção iluminados da humanidade)


Assim os sofistas, os primeiros professores romperam com a busca conhecimento absoluto, introduzindo na filosofia a questão do relativismo do saber. Para eles o conhecimento se constrói na perspectiva pessoal de cada individuo. Os principais sofistas de grande nome desta época são Protágoras e Gorgias, este nega todo tipo de verdade objetivo, sendo que a mente chega a resultados diferentes da realidade, o que também se vê é que esta época é propicia para os sofistas, mestres da retórica, o convencimento se torna fundamental para o rumo da polis. De certa forma estes oradores profissionais, faziam com que houvesse manipulação através do convencimento, corrompendo todo o sistema democrático, por isso Sócrates e Platão irão combater o sistema sofista, considerando estes como falsos sábios, em troca de dinheiro ensina a arte da linguagem, a peso de ouro, não tanto a virtude, mas sim, muito mais, a virtude da palavra, sem base racional.

quinta-feira, 1 de março de 2012

Porque a sabedoria é o conhecimento das causas?

Porque é na sabedoria que encontramos as causas, não uma causa aparente que deixa duvidas, que não esclarece a verdade, ao contrario é a causa por ela mesma, que não deixa no caminho percorrido duvidas, e encontramos na sabedoria o saber supremo, firmando o conhecimento e si mesmo, sendo na sabedoria que as outras ciências adquirem sua busca. A sabedoria tem a realidade da realidade no seu âmago e assim detêm o saber das causas primeiras que deriva toda a realidade, enquanto as ciências focam em um determinado ramo empírico, a visão da sabedoria é um todo e não parte (como cabe de interesse as variadas ciências) desse todo, porque sabe onde é o ponto de partida (ou causa), logo saberá dos meios e fins no qual se destina a trajetória da realidade.

Porque a filosofia pode ser considerada a ciência (ou conhecimento) da verdade?
Porque ela buscará o que as outras ciências e formas de conhecimento ainda não buscou, aperfeiçoando cada vez mais para esclarecer, entender e decifrar enigmas que outras ciências não teve ousadia (até então) de buscar (devido ao limite da própria ciências particulares que enxergam no horizonte um fim, enquanto para o olhar filosófico este mesmo horizonte é sempre o ponto de partida de onde se parou), pois a filosofia tem o papel de desbanalizar o banal, saindo das verdades aparentes (crenças e opiniões) e indo para alem do proposto pelas demais formas de conhecer, buscando o fundamento que condiciona a realidade em si, ou seja a verdade, sendo rigidamente buscada pelas perguntas que permeiam a inquietude do pensador. Um exemplo é a medicina que cuida do corpo doente, que estudando os porquês das doenças tem por finalidade a busca do tratamento e isso basta para sua linha de investigação, agora no campo da filosofia é uma olhar alem do que essa ciência (medicina) vê, buscando o que é o ser, o sentido que envolve sua vida psíquica, corporal, existencial...ou seja, percorre todo caminho e não uma parte dela somente, como faz as demais ciências, sendo a pesquisa filosófica mais demorada ante as questões que cercam as perguntas.

Porque Aristóteles considera a filosofia a ciência do ser?
Ela é para Aristóteles a ciência das causas, pois é a única que estuda o ser enquanto ser, que reformula a noção do ser, sendo o ser análogo, dotado de diferentes sentidos, que concerne as varias categorias por ele proposto, sendo a filosofia a única capaz de desbravar o ser em sua totalidade dito de varias maneiras, e essa variedade encontra-se completo no conhecimento filosófico que tem único e exclusivamente o objetivo de conhecer.

O que significa dizer que “o ser tem muitos significados”?
Significa que o ser a partir do conhecimento sensível sempre mostra o individual e o concreto, de forma indutiva onde os conceitos não são “idéias transcendentes”e sim um fundamento que simplifica determinada categoria de ser dentro da realidade que encontra-se num único mundo (contribuindo e resolvendo as lacunas deixados pelos filósofos antigos até Platão) e salvando a genuinidade de cada ser, partindo do conceito universal, surgindo uma atividade intelectual para a particularidade das variáveis dos seres, classificando de maneira ampla os detalhes de cada ser.