domingo, 22 de abril de 2012

A pedagogia critica: a influencia do marxismo e da escola de Frankfurt na pedagogia de Paulo Freire.

Freire “bebe” nos pensamentos e idéias de Marx, onde este, percebe a historia como luta de classes, havendo duas classes: a burguesia e o proletariado. Sendo que a primeira oprime a outra, estabelecendo uma relação antagônica e de opressão, na qual o intuito do opressor é de subjugar o oprimido de acordo as suas necessidades de manutenção do poder que esta em suas mãos, acontecendo uma escravização do homem pelo homem. Freire soube muito bem tomara para si tal dissecação feita por Marx, e percebeu que a educação era um meio por onde o opressor agia, reprimindo a maioria em prol dos interesses burgueses, onde os alunos não aprendiam, mas que apenas assimilava, memorizava mecanicamente o que o professor repassava, sendo uma das características do que Paulo Freire denominou “educação bancaria”. Também vale a pena ressaltar que a dissecação do sistema capital do opressor, para Marx não era apenas desvelar o caráter verdadeiro da realidade histórica, mas toma-se conta de que na própria historia o oprimido não se resigna-se de forma pacifica, e o que há mesmo é uma luta de classes constante que reescreve os capítulos da historia, pois o sistema do opressor deixa falhas, já que o oprimido vai reivindicar seus direitos como homem e ser humano, como ocorreu na idade média onde o sistema feudal foi substituído aos poucos, através das lutas de conquistas dos burgueses através dos variados meios da ação humana (cultural, econômica, política, social), logo as mudanças são possíveis, dentro o qual o oprimido pode escrever novos capítulos da historia, angariando novos horizontes para a vida humana, e assim que Marx esperava, o oprimido tendo a esperança de que a mudança e a transformação é possível, fazendo pensar no atual sistema vigente, o sistema capitalista burguês, e nos conflitos que é estabelecido pelo antagonismo deste sistema, sendo que para a manutenção e “sobrevivência” continua do sistema, ele se nutre da exploração do opressor em seus variados meios, principalmente o econômico que serve de base para a esteira da exploração do homem pelo homem. E se o oprimido se vê em ta; situação de opressão, percebe que a mudança só é possível se estiverem conscientes para tal mudança, pois ninguém mudará pelos oprimidos, não haverá nenhum “salvador”ou herói que salvara sobre o jugo do opressor, se faz necessário a união do proletariado, buscando conhecer a alienação que a burguesia submeteu a classe oprimida, no qual a historia ensinada pelos burgueses como “fatalista”, destinada, não é de fato assim, mas que ela é feita de mudança e a chave para mudança esta na decisão do oprimido de romper com o sistema opressor, surgindo um novo sistema, Marx chama de comunismo, sistema que o homem não subjuga outro homem, mas se igualam no mesmo nível, tendo dignidade a todos. Freire vê este aspecto histórico de mudança, tendo uma ótica para um nova concepção de educação, a educação emancipadora, que ao contrario da bancaria, liberta os homens do sistema servil, opressor, sendo necessário combater através do “bom combate” a educação bancaria, rumando para uma educação que integra o homem em sua inteireza, assim libertando em vez de alienar, expondo em vez de impor, tornando mais dinâmico um ensino que priva pela dignidade e direitos do homem a serem tratados como seres humanos, e Freire percebe que a mudança só é possível se mudado os fundamentos e pilares que sustentam a sociedade, ou seja, a educação. A escola de Frankfurt também corrobora com Marx, estabelecendo uma critica ao sistema vigente do homem de ser e agir, críticos que vinculam suas criticas em prol da mudança, alertando os homens sobre o “progresso”cientifico e dos frutos da razão instrumental, como a industria cultural, e Freire toma conta deste fato, onde os meios opressores querem seres humanos alienados, mais distante do que poderia ser em sua autenticidade e seus pensamentos são influenciados pelas linhas de pensamento tanto de Marx, quanto de seus realçadores, os da escola de Frankfurt, que tomam a dimensão de sua criticidade para o âmbito da razão instrumental e dos seus efeitos como a industria cultural. Freire estabelece uma critica ao sistema educacional vigente, o “bancário” pois a opressão se insta-la neste tipo de concepção educacional, e Freire trata o ser humano de modo igual, todos tendo a chance de construir uma existência autentica, e por isso a educação que tanto defende, deve ser a educação emancipadora, a educação que faz com que os homens sejam criador de suas próprias historias, com toda potencia humana desenvolvida de maneira igual, portanto este tipo de educação privaria por homens que adentra na realidade vivida de modo concatenado, atento, onde outro homem não consegue subjugar o outro, por que ambos tem a mesma instrução educacional, assim criando um vinculo de relação mais humana e digna, e Paulo é um educador que pensa as condições de ensino, dando para perceber em seus escritos, que há influencias de Marx e dos da escola de Frankfurt.