sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Acesso a todos à “arte”, que arte? Industria cultural, isto é ser democrático?

A indústria da “cultura” desfacela o caráter da arte que é peculiar à reflexão, com finalidades apenas consumista, que dita como a arte deve ser já o que interessa é o consumo desenfreado da “massa” que ao invés de escolher, apenas se submetem ao que esta na “moda”.
Infantilizaram nossa essência, o que vemos hoje nos grandes sistemas de comunicação é uma alienação recíproca do espectador, empobrecendo sua capacidade reflexiva, hoje não somos informados, somos bombardeados em desinformações, os jornais manipulam o processo de decisão do individuo, fazendo acreditar nos efeitos (como guerras, revoltas) sem pensar nas causas, pondo a acreditar que o que acontece no agora não tem nenhum passado, fazendo com que a programação, programe o individuo, tornando-os insaciáveis, como uma criança que quer tudo na hora e os adultos os concede, mas nesta inversão ideológica que a massa não percebe, o “grande irmão” nos oferece nesta dita “democracia” a atrofia de nossos cérebros que só pensa, quer dizer, se submete aquilo que os diz a fazer e que arte é esta que nos oferece? Liberdade de reflexão, pensar, criar ou escravidão, fast-food, infantilidade?
Cuidado e desconfiança devemos ter quando alguém nos diz que alguma coisa deve ser democrática, pois em grande parte, que condiz ao consumismo, só querem que você consuma e tenha a aparência de que se insere em um grupo diferenciado, mentira! Pois o que interessa aos verdadeiros pensadores é o ser e não o ter.
O capitalismo inverte todo modo de viver, encarceram mentes humanas, empobrecem nossa intelectualidade, nos diminuindo a consumidores da ultima tendência, e o pior que quase todos acatam suas vontades, criam sonhos artificiais no ter, e esquecem dos sonhos do ser, aqueles que são verdadeiros e essenciais, arautos libertadores, construtores da nossa vida, vendemos nossa liberdade pelo que os “outros” pensam, não somos mais seres pensantes, críticos, não fazemos digestão daquilo que nos põem a mesa, apenas aceitamos estes refinamentos estragados, ilusões que vendem desejos consumistas e o que fizemos de nós, dos nossos sonhos verdadeiros? Vendemos! Mas quem são eles, quem eles pensam que são? Deixam-nos com sede e não nos deixam pensar! E que democracia que eles falam? A do consumo!
O que é arte hoje? Autônoma ou apenas um instrumentos das propagandas para induzir os consumidores a se iludirem com dentes brancos dos comerciais? Tudo se tornou mercado? Cadê nossos artistas que criam, expressam contra o “grande irmão”? alienamos na política, deixamos a educação ser conduzidas por interesses de alguns que em vez de emancipar, escraviza ao consumo, vendemos barato nossos sonhos a troco de migalhas de ilusões consumistas, deixamos de tomar posse do que somos, para sermos o que a moda dita, que a estética (deturpada hoje pelo capitalismo) manda, saímos do comando dos espetáculo da nossa existência para escravo da industria cultural, onde esta a verdadeira arte de viver? Onde se encontra a arte? Tornamo-nos críticos de coisas rebatidas, memorizamos frases repetidas, a musica tornou banal, a televisão nos deixa a cada dia burros, não somos autônomos de nosso querer, as propagandas nos comandam, somos crianças (pelo lado depreciativo) que querem por que querem sem ao menos saber porque querem, se entendemos democracia como liberdade de pessoas conscientes que partilham de um objetivo consciente, tendo liberdade de expor suas indagações, que tipo de democracia querem que nos faca engolir no meio desse consumismo selvagem e que não pensa?

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