quinta-feira, 21 de maio de 2015


Aos poucos me lapido/ Formo meu ser/ Em uma das múltiplas possibilidades/ Potencia segundo Aristóteles/ Semente poderá ser arvore/ Ato realizado nos limites da liberdade Ou seremos somente LiVrE ArBiTrIo???/ não sei, só se que existo./ no tempo, na memoria, no devir.../ sou incógnita com o tempo respondido/ sou memoria do que já escrito está/ sou devir do que ainda não pode ser/ mas destas realidades sou imperfeito/ seria cópia algo mais audacioso e completo?/ Platão me deixa confuso, exausto.../ deixo de seguir modelos ou heróis/ vivo os instantes / mas às vezes... às vezes a solidão me dói/ ruim sensação que nasci só/ morreremos sós/ e entre nascer e morrer lapidaremos o pó/ deixaremos o perene causar e como fogo deixar-se consumir no meio desta palha/ na qual a fênix renascerá/ metamorfose dos instantes/ aos poucos me concretizo/ com a taiadeira me moldo torço-me e contorço/ faço um exercito de um homem só/ capaz de construir entre as solitudes/ companhias no tempo/ antes que acabe/ deixe que tudo se transforme antes mesmo de ser átomos decompostos partilhando vida com outra vida família, um doce sonho./ suave canção de ninar fazendo esquecer-se do tempo pedaço eterno/ do que engendrará um futuro sem nós tornando estatua perfeita do que um dia foi e não mais será/ assim estamos condenados/ A ser, a ter e deixar! só deixando pedaços eternos de amar...eis o único legado lapidado a ficar: o amor!

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