domingo, 26 de fevereiro de 2012

Refletindo sobre o mito.

Acho de suma importância iniciara reflexao por Hesíodo, pois ele tenta explicar as tarefas agrícolas, mostrando cada fenômeno, cada acontecimento sendo comandada pelos deuses, como ponto de referencia para o cotidiano, para as tarefas diárias, explicando de maneira mágica os fenômenos, colocando o ser humano apenas a submeter a esta explicativa, ou melhor, dizendo: as resoluções das respostas míticas. Enquanto Platão usa o mito como metáfora da condição humana, focando a importância do conhecimento filosófico, superando a ignorância. Na alegoria da caverna o mito (reforçando o que já foi dito) é apenas um meio para explicar o objetivo, que busca a distinção entre o mundo sensível, do mundo inteligível, sendo o mundo sensível como a caverna, onde os prisioneiros (citado por Sócrates no dialogo com Glauco), vivem acorrentados e imóveis, não podendo se mexer e nem virar a cabeça, tendo por realidade as sombras projetadas no fundo da caverna, tomando aquilo por realidade, no entanto eles não sabem que é apenas ilusão e assim vivem na ignorância, enquanto o mundo inteligível se encontra fora da caverna e só descobrem o engano quando são libertos(não todos) da prisão e sobem para o mundo verdadeiro, iluminado pelo sol(a causa) conhecendo a realidade gradualmente. No entanto este ser liberto recorda da sua primeira morada e lembra dos que ficaram se alegrando do que conheceu e lamentando pelos que ficou, e assim se segue a explicação de Sócrates a Glauco. E sou posto a pensar que a filosofia nascente, como se pode notar no mito da caverna, Platão usa o mito de um modo diferente de Hesíodo, ou seja, sem ser pelos caminhos da teofania, da revelação, o filosofo atinge a idade da razão, uma maturidade em relação ao mito, assim não seguindo pela sugestão, pela hipnose, pela fé e sim por racionalidade, tendo o mito apenas como metáfora, símbolo, imagem pelo o qual se pos a pensar sobre “os mundos” de sua tese, enquanto Hesíodo “prende” o homem as crenças e superstições, colocando o ser numa situação de subserviência.

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